A militância do Partido Socialista Brasileiro do
Distrito Federal elegeu, neste sábado (26), o novo Diretório e a Executiva da
legenda no DF. O congresso regional foi precedido de ato político em defesa da
livre criação e organização partidária, que contou com a presença de líderes do
Partido Socialismo e Liberdade (Psol), do Partido Democrático Trabalhista
(PDT), do Partido da Solidariedade, do Mobilização Democrática (MD) e da Rede
Sustentabilidade.
Cerca de 300 pessoas, sendo 179 delegados com
direito a voto na plenária, participaram do encontro para discutir a conjuntura
política local e apontar os desafios da sigla partidária, entre eles o de
ampliação e protagonismo no cenário político distrital. Por unanimidade, foi
eleita a chapa liderada pelo presidente Marcos Dantas, reconduzido à
presidência por mais um ano.
O novo Diretório do PSB-DF será formado por 39
filiados representantes das zonais e dos segmentos socialistas, e pelos
parlamentares do partido no DF, o senador Rodrigo Rollemberg e o deputado
distrital Joe Valle. O diretor-superintendente da Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ligado à legenda, também assumirá
cadeira na nova formação da Executiva.
De acordo com o presidente reeleito, o PSB
reafirmou na plenária o compromisso com as boas práticas políticas e com o
futuro da população do Distrito Federal. “A euforia e o comprometimento da
militância, que compareceu em peso ao Congresso, nos deram a garantia de que
estamos no caminho certo, e de que iremos sim construir a ampliação do partido
a partir da unidade partidária e da valorização da base e dos segmentos sociais
atuantes no PSB”, analisou Dantas.
Pluralismo Político
Em defesa da livre criação de novas siglas
partidárias, representantes do Psol, PDT, PS, MD e Rede Sustentabilidade
promoveram, junto com o PSB, ato político para reafirmar o compromisso com o
futuro do Distrito Federal. Na ocasião, os líderes partidários também
criticaram o projeto de lei da Câmara (PLC 14/2013) que prejudica a criação de
novos partidos, considerado, por eles, como uma proposta casuísta.
Autor do mandado de segurança, protocolado e
consentido em forma de liminar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador
Rodrigo Rollemberg (PSB) avaliou que a ação do Legislativo contraria o
princípio democrático e a luta, liderada pelos partidos de esquerda, pelo fim
da ditadura e pela consolidação da democracia, firmada pela Constituição
Federal. “O movimento de hoje é muito simbólico para a vida do nosso partido e
para a política local, e ser liderado pelo PSB demonstra a vontade da legenda
de ser uma alternativa alinhada com as lideranças partidárias que querem mudar
a realidade do DF”, disse o senador. “O PSB é coerente com o que acredita e com
a democracia”, afirmou o socialista.
O presidente do Partido Socialismo e Liberdade
(Psol), Antônio Carlos de Andrade – o Toninho do Psol -, lembrou a tradição do
PSB em levar as discussões para todas as instâncias partidárias. “A democracia
precisa de um partido com o PSB”, disse. “Temos um compromisso importante com o
destino do Distrito Federal, e precisamos unir os nossas bases em um projeto de
transformação do DF”, avaliou Toninho.
Presidente da legenda do Mobilização Democrática
(MD), Chico Andrade, considerou o momento único para a retomada do debate
democrático, considerado por ele, necessário para a sociedade. “Se não
combatermos a iniciativa de tolher a organização de novos partidos o país terá
uma democracia de um partido único, e isso é inadmissível”, afirmou o líder do
MD.
Os representantes da Rede Sustentabilidade e do
Partido da Solidariedade, André Lima e Nilton Paixão, respectivamente,
ressaltaram o caráter democrático do PSB em consultar a militância nos
principais momentos decisórios. “A iniciativa do PSB é muito bem vista por nós,
da Rede, por demonstrar a coragem do partido em defender a democracia e os
direitos iguais entre os partidos”, explicou André Lima, da Rede
Sustentabilidade.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi
representado pelo secretário-geral regional, Marcos Ribeiro. Na avaliação de
Ribeiro, a legenda estuda propostas concretas, vindas das forças de esquerda,
para caminhar junto com ideias programáticas que tenham como pilar o direito
democrático. “O PDT defende a democracia, e democracia não compactua com a
ideia de centralização de poder”, afirmou o secretário-geral.
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